A
História da vida na Terra como nunca a imaginamos!... O Planeta Terra, a nossa
casa, o nosso lar, o nosso ninho, mas afinal, para que serve a Vida e o que
fazer com ela?
O
Mundo é um constante mistério. O que sabemos nós, a final? Nada? Quase
nada? Bom, na verdade sabemos sim! Sabemos
algumas coisas. Que houve um início (de algo) se deu há muitos, muitos anos,
com o surgimento dos mais variados componentes, desde rios, rochas, minerais,
oceanos, vulcões e até glaciares. Por onde andava o Homo Sapiens Sapiens? Muito
longe, mas de onde viemos? Para onde vamos? O que queremos?
Na
verdade nós não sabemos apreciar o nosso lar e a beleza que dele advém, nós não
paramos para pensar e somos dotados de pensamento e raciocínio, é quase ingrato
o que fazemos todos os dias. O planeta é como uma explosão de cores, um
arco-íris, um milagre vivo. O amarelo do enxofre, o azul do cobre, o vermelho do
ferro, o negro do carbono…
Há
muito mais para além disto, a água, por exemplo, que é um recurso não renovável.
A nossa fonte de energia e vitalidade. A garantia da nossa existência. Esta
pertence a um ciclo que está em constante renovação, desde rios, cascatas, vapor,
oceanos, glaciares, nuvens, chuva e até nascentes. Pode ainda passar pelos seus
três estados, líquido, sólido e gasoso. Mesmo sendo tão importante, ainda hoje
tantas pessoas não tem acesso a água e morrem por falta dela. Graças a esta
somos seres cheios de vida, porque nada é autossuficiente e está tudo ligado. É
como o cordão umbilical que alimenta o bebe através da mãe. Neste caso a mãe é
a Terra/Natureza que por sua vez alimenta os seus filhos, os seres vivos, NÓS. As
Árvores, são um exemplo disso mesmo, são esculturas, ornamentos vivos e
perfeitos que crescem em direção ao sol e se alimentam de luz e vivem para nos
dar aquilo que também precisamos para viver o oxigénio.
No
entanto, o que sabemos nós sobre os seres vivos? Sobre as espécies…quantas
conhecemos? Quantas por conhecer? Quantas viveram e deixaram de existir sem as conhecermos?
As profundezas do mar, por exemplo, permanecem em segredo. O que conhecemos nós
do mundo Marinho?… do qual só vemos, pouco mais do que a superfície. Todas as
espécies são essenciais à vida e fazem parte do equilíbrio terrestre, nenhuma
espécie é substituível ou prescindível, mesmo sendo vulneráveis. Assim, o que
dizer sobre aqueles que se encontram em vias de extinção a um ritmo alucinante,
o que fazer para os proteger, para evitar ou prevenir? Temos de agir, temos de
ser rápidos!
Chegado
a este ponto, é de referir a importância do surgimento do Homem, da Civilização,
da Sociedade e da Humanidade (ou não…). Existe realmente o respeito pelo
próximo? A partilha? O bom senso? Bom, no início, quando surgiu o ser humano,
este retirava apenas o necessário do planeta, existindo uma espécie de
respeito, aliança e equilíbrio entre o Homem e o nosso Lar. Até que como
sempre, o Homem, abusou, excedeu-se!
Tudo
no Mundo está numa constante evolução, mas para melhor? Depois do Homem, surgem
as suas primeiras grandes criações. Falamos neste caso da Agricultura. O
objetivo, como sempre, foi e é, aumentar a produtividade e a variedade. A ideia
é boa, o problema surge quando entram os períodos de seca ou o solo fica
impróprios para o cultivo, e isto porque? Porque o Homem abusou de novo. A
Agricultura é sem dúvida uma tradição de trabalho árduo, que se mantém ainda
hoje porque é uma questão de sobrevivência, mas a vida mudou. Nos dias de hoje,
a agricultara não é como antes, agora fala-se de cidades, de arranha-céus…, de migração.
É inevitável, a máquina substituiu o homem. Não há como negar, somos geniais,
especiais, inteligentes, mas a que preço e às custas de quem?
Esta
questão lança um outro tópico, diferença entre os mais ricos e os mais pobres.
Será que estas disparidades podem continuar? Não, também acho que não. Por todo
o planeta os mais pobres tentam viver dos restos enquanto nós usamos todos os
tipos de recursos sem os quais não sabemos viver sem eles. Somos fúteis, meros
tristes consumistas e vangloriamo-nos por tal. O mundo gasta doze vezes mais em
armas do que em melhorar e ajudar países subdesenvolvidos. Nesta linha de
pensamento, é importante referir as guerras, o ódio, a vingança que traz a
destruição e a existência de refugiados, o ser humano destrói tudo por onde
passa, até a si mesmo. O preço das nossas ações é muito alto, e pelas atitudes
de uns sofremos todos e ainda não percebemos, ainda não percebemos isso.
Fome,
este tema, muito delicado também. A chegada dos pesticidas aboliu a fome, mas
acabou mesmo? Acabou com todo este desequilíbrio? Não, na verdade não. Há mais
num lado e de menos no outro, visto que mil milhões de pessoas estão a morrer à
fome. Sim, mil milhões, leste bem! Recusamos responsabilidades daquilo que fazemos
sozinhos, e sozinhos criamos fenómenos que não sabemos controlar, e não
assumimos as responsabilidades.
Por
falar em fenómenos, graças a nós as estações do ano estão irreconhecíveis, o
clima mudou totalmente em poucos anos e o aquecimento global é uma realidade
nossa conhecida que a vivenciamos todos os dias, mas também ela causada por
nós, visto que perturba o equilíbrio climático da terra. A erosão do solo é
mais um exemplo da destruição do homem, assim como como a desflorestação, que
destrói o essencial para dar lugar ao supérfluo. O degelo, é mais um exemplo
destas disparidades criadas pelo homem, que muitas vezes alcançam proporções
gravíssimas como: furacões, secas ou terramotos.
Com o
aumento da população, o consumo de carne tende a elevar-se para acompanhar as
necessidades. Agora pergunto, como alimentar tantas pessoas sem ter de recorrer
a uma pecuária que mais se assemelha a uma aglutinação de animais?... que
termina num matadouro quase como uma luta entre gladiadores dos nossos
antepassados. Chega a ser desumano.
A energia,
é de facto fascinante, ver as grandes cidades iluminadas, é um espetáculo de
luzes brilhante. Parece um céu estrelado numa noite limpa. O automóvel que também
é símbolo de energia e conforto, que apenas se desenvolve devido à nossa
incessante busca de minerais, porque quanto mais temos mais procuramos, mais
queremos. Em pouco tempo vamos esgotar as reservas mundiais de minerais. Ainda
não percebemos que estamos a gastar, a esgotar, a extorquir o que a natureza de
melhor nos oferece.
A vida
na terra está irreconhecível. A magia do mundo esta mesmo em frente dos nossos
olhos. Basta ver, o problema é que nos ignoramos os sinais, isso porque criamos
muros e barreiras. Mas isso pode mudar, basta acreditar, em mim, em ti, em nós!
A cultura, a investigação, a educação e a inovação são recursos inesgotáveis.
Nós podemos lutar, ainda não é tarde! Esta harmonia entre o ser humano pode
passar a ser a regra e deixar de ser a exceção. Porque não, sermos mais
moderados, usarmos mais a inteligência para um final feliz? Porque não,
partilhar, ajudar e porque não sermos voluntariosos, com o que a terra nos dá?
O importante não é o passado mas sim o presente e o futuro. Não arranjemos mais
problemas mas sim soluções, do que estamos à espera? As gerações tem de se unir,
Gaia é a nossa morada.
Carolina
Figueiras

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