2 de março de 2018

Lar doce lar

A História da vida na Terra como nunca a imaginamos!... O Planeta Terra, a nossa casa, o nosso lar, o nosso ninho, mas afinal, para que serve a Vida e o que fazer com ela?

O Mundo é um constante mistério. O que sabemos nós, a final? Nada? Quase nada?  Bom, na verdade sabemos sim! Sabemos algumas coisas. Que houve um início (de algo) se deu há muitos, muitos anos, com o surgimento dos mais variados componentes, desde rios, rochas, minerais, oceanos, vulcões e até glaciares. Por onde andava o Homo Sapiens Sapiens? Muito longe, mas de onde viemos? Para onde vamos? O que queremos?
Na verdade nós não sabemos apreciar o nosso lar e a beleza que dele advém, nós não paramos para pensar e somos dotados de pensamento e raciocínio, é quase ingrato o que fazemos todos os dias. O planeta é como uma explosão de cores, um arco-íris, um milagre vivo. O amarelo do enxofre, o azul do cobre, o vermelho do ferro, o negro do carbono…

Há muito mais para além disto, a água, por exemplo, que é um recurso não renovável. A nossa fonte de energia e vitalidade. A garantia da nossa existência. Esta pertence a um ciclo que está em constante renovação, desde rios, cascatas, vapor, oceanos, glaciares, nuvens, chuva e até nascentes. Pode ainda passar pelos seus três estados, líquido, sólido e gasoso. Mesmo sendo tão importante, ainda hoje tantas pessoas não tem acesso a água e morrem por falta dela. Graças a esta somos seres cheios de vida, porque nada é autossuficiente e está tudo ligado. É como o cordão umbilical que alimenta o bebe através da mãe. Neste caso a mãe é a Terra/Natureza que por sua vez alimenta os seus filhos, os seres vivos, NÓS. As Árvores, são um exemplo disso mesmo, são esculturas, ornamentos vivos e perfeitos que crescem em direção ao sol e se alimentam de luz e vivem para nos dar aquilo que também precisamos para viver o oxigénio.

No entanto, o que sabemos nós sobre os seres vivos? Sobre as espécies…quantas conhecemos? Quantas por conhecer? Quantas viveram e deixaram de existir sem as conhecermos? As profundezas do mar, por exemplo, permanecem em segredo. O que conhecemos nós do mundo Marinho?… do qual só vemos, pouco mais do que a superfície. Todas as espécies são essenciais à vida e fazem parte do equilíbrio terrestre, nenhuma espécie é substituível ou prescindível, mesmo sendo vulneráveis. Assim, o que dizer sobre aqueles que se encontram em vias de extinção a um ritmo alucinante, o que fazer para os proteger, para evitar ou prevenir? Temos de agir, temos de ser rápidos!

Chegado a este ponto, é de referir a importância do surgimento do Homem, da Civilização, da Sociedade e da Humanidade (ou não…). Existe realmente o respeito pelo próximo? A partilha? O bom senso? Bom, no início, quando surgiu o ser humano, este retirava apenas o necessário do planeta, existindo uma espécie de respeito, aliança e equilíbrio entre o Homem e o nosso Lar. Até que como sempre, o Homem, abusou, excedeu-se!

Tudo no Mundo está numa constante evolução, mas para melhor? Depois do Homem, surgem as suas primeiras grandes criações. Falamos neste caso da Agricultura. O objetivo, como sempre, foi e é, aumentar a produtividade e a variedade. A ideia é boa, o problema surge quando entram os períodos de seca ou o solo fica impróprios para o cultivo, e isto porque? Porque o Homem abusou de novo. A Agricultura é sem dúvida uma tradição de trabalho árduo, que se mantém ainda hoje porque é uma questão de sobrevivência, mas a vida mudou. Nos dias de hoje, a agricultara não é como antes, agora fala-se de cidades, de arranha-céus…, de migração. É inevitável, a máquina substituiu o homem. Não há como negar, somos geniais, especiais, inteligentes, mas a que preço e às custas de quem?

Esta questão lança um outro tópico, diferença entre os mais ricos e os mais pobres. Será que estas disparidades podem continuar? Não, também acho que não. Por todo o planeta os mais pobres tentam viver dos restos enquanto nós usamos todos os tipos de recursos sem os quais não sabemos viver sem eles. Somos fúteis, meros tristes consumistas e vangloriamo-nos por tal. O mundo gasta doze vezes mais em armas do que em melhorar e ajudar países subdesenvolvidos. Nesta linha de pensamento, é importante referir as guerras, o ódio, a vingança que traz a destruição e a existência de refugiados, o ser humano destrói tudo por onde passa, até a si mesmo. O preço das nossas ações é muito alto, e pelas atitudes de uns sofremos todos e ainda não percebemos, ainda não percebemos isso.

Fome, este tema, muito delicado também. A chegada dos pesticidas aboliu a fome, mas acabou mesmo? Acabou com todo este desequilíbrio? Não, na verdade não. Há mais num lado e de menos no outro, visto que mil milhões de pessoas estão a morrer à fome. Sim, mil milhões, leste bem! Recusamos responsabilidades daquilo que fazemos sozinhos, e sozinhos criamos fenómenos que não sabemos controlar, e não assumimos as responsabilidades.

Por falar em fenómenos, graças a nós as estações do ano estão irreconhecíveis, o clima mudou totalmente em poucos anos e o aquecimento global é uma realidade nossa conhecida que a vivenciamos todos os dias, mas também ela causada por nós, visto que perturba o equilíbrio climático da terra. A erosão do solo é mais um exemplo da destruição do homem, assim como como a desflorestação, que destrói o essencial para dar lugar ao supérfluo. O degelo, é mais um exemplo destas disparidades criadas pelo homem, que muitas vezes alcançam proporções gravíssimas como: furacões, secas ou terramotos.

Com o aumento da população, o consumo de carne tende a elevar-se para acompanhar as necessidades. Agora pergunto, como alimentar tantas pessoas sem ter de recorrer a uma pecuária que mais se assemelha a uma aglutinação de animais?... que termina num matadouro quase como uma luta entre gladiadores dos nossos antepassados. Chega a ser desumano.

A energia, é de facto fascinante, ver as grandes cidades iluminadas, é um espetáculo de luzes brilhante. Parece um céu estrelado numa noite limpa. O automóvel que também é símbolo de energia e conforto, que apenas se desenvolve devido à nossa incessante busca de minerais, porque quanto mais temos mais procuramos, mais queremos. Em pouco tempo vamos esgotar as reservas mundiais de minerais. Ainda não percebemos que estamos a gastar, a esgotar, a extorquir o que a natureza de melhor nos oferece.

A vida na terra está irreconhecível. A magia do mundo esta mesmo em frente dos nossos olhos. Basta ver, o problema é que nos ignoramos os sinais, isso porque criamos muros e barreiras. Mas isso pode mudar, basta acreditar, em mim, em ti, em nós! A cultura, a investigação, a educação e a inovação são recursos inesgotáveis. Nós podemos lutar, ainda não é tarde! Esta harmonia entre o ser humano pode passar a ser a regra e deixar de ser a exceção. Porque não, sermos mais moderados, usarmos mais a inteligência para um final feliz? Porque não, partilhar, ajudar e porque não sermos voluntariosos, com o que a terra nos dá? O importante não é o passado mas sim o presente e o futuro. Não arranjemos mais problemas mas sim soluções, do que estamos à espera? As gerações tem de se unir, Gaia é a nossa morada.

Carolina Figueiras

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