20 de julho de 2016

Um casamento de sonho

(Imagem retirada da Internet)

No outro dia, enquanto ia para casa de comboio, um senhor contou-me uma história que mexeu com o meu estado psicológico e que, certamente, não será indiferente a ninguém.

O velhote contava uma história acerca de uma menina de pouco mais de doze anos que iria casar com um homem com idade para ser seu avô. Era um casamento de luxo, um casamento de sonho que qualquer mulher desejaria ter, não um casamento que uma menina desejasse ter. Enquanto que a princesinha vivia ainda no mundo da inocência, sonhava com princesas e príncipes, fazia desenhos e pintava-os com as cores do arco-íris, o homem tratava de negócios e vivia no mundo dos adultos, que não é compatível com uma criança simples e pura. 
No dia do casamento, numa casa que mais parecia um castelo, virada para um rio límpido, com vales e montanhas em seu redor, que se assemelhava a uma imagem de um conto de fadas, e que poderia ser um sítio perfeito para a pequena fadinha brincar, seria o sítio mais triste da sua vida. Ela era a única menina num quarto cheio de adultos stressados, experimentar o vestido, maquilhagem, preparativos, cabelo... e ela que só queria ir lá para fora brincar com as borboletas, correr um bocadinho e sorrir. Na verdade, ela, sendo a mais pequenina, era quem iria resolver todos os problemas financeiros da sua família. Se é suposto? Não, é suposto ela crescer e ter liberdade para tomar decisões e ser feliz, como qualquer outra criança.