Semanas atrás, este título podia significar (e significava, de facto…) um
milhão de muitas outras coisas, neste momento é apenas mais um título, são
apenas mais duas palavras vazias… duas palavras que significavam tudo e agora
nada significam. Ou será que significam? Significa sim, só não significa para a
mesma pessoa, mas sim para ti.
Neste momento estou deitada na cama, a tentar dormir…são precisamente
00:32 e só quero dormir, porque quando durmo não penso, não me lembro, não
sofro, não doí, todo o mundo para e eu vivo na felicidade dos meus sonhos, voo
por entre as nuvens de algodão doce, subo a montanha mais alta, realizo os meus
maiores desejos e sou feliz, sou realmente feliz. O problema é que dormir não
resolve absolutamente nada, tu não vais embora da minha mente, tu não sais, não
és fácil de apagar, como quem apaga lápis de um caderno velho com uma borracha,
tu não vais embora, e porque? Tu queres ficar? Eu quero que fiques? Bem, sim..
quero. A verdadeira pergunta é, tu fazes-me bem? Não sei. Mas se tu queres
ficar por favor fica, se não queres, vai embora, mas vai já, antes que eu me
prenda mais do que eu já me sinto, mais do que eu já estou. Se não queres ficar,
deixa-me voar e ser livre, porque eu não nasci para estar presa.
Porque se eu
fosse um animal, seria um pássaro…
Eu acordo de manhã e o meu primeiro pensamento és tu…, e ai vejo que
dormir não resolve nada, é quase como uma falsa felicidade, sou eu a tentar
enganar o meu cérebro, e ambos sabemos, querido coração, que é impossível
enganar o cérebro.
Um dia li que, passo a citar: “a primeira pessoa que pensas pela manhã ou
é o motivo do teu amor e felicidade ou é o motivo da tua dor”, que motivo serás
tu? Não me consigo decidir…! Talvez os dois. Como é possível conquistares-me
tão rápido? Serei eu fácil de conquistar? Não diria, não mesmo, qual é teu
segredo então? O problema é que já me
conheço, já sei onde isto vai dar, e não, não será bonito, nada bonito… para
mim. Sim, sim, já sei, tenho de ser otimista, positiva, acreditar… eu sou, sou
mesmo… mas a vida tem me dado umas chapadas muito fortes, e neste aspeto, bom…é
difícil, complicado. Sou frágil, sou como um vidro, um copo, sou qualquer
coisa que quiseres que eu seja, mas muito frágil, basta cair uma vez, não volta
ao sitio, nem mesmo com super cola, nunca mais será o mesmo. Por isso, se eu
fosse um objeto seria, um copo, quando cai, parte-se.
Li também, no outro dia, que quando falamos com alguém, temos uma espécie
de compromisso com a pessoa, um laço afetivo, uma questão de respeito, tu
respeitas-me? Gostas de mim? Afinal, o que sentes? O que pensas tu? Porque é
que és tão complicado de ler? Para mim tu és um livro…, eu adoro livros, já te
disse não é? Bom, as pessoas de quem mais gosto são os livros mais difíceis de
ler, conquistar… talvez porque gosto de novidades, desafios. Mas tu és
demasiado complicado. O mundo é uma biblioteca, cheia de livros, os livros são
as pessoas… temos os livros chatos, os livros inúteis, os livros de crianças,
os livros religiosos, os livros estúpidos, os livros bibliográficos, os livros
de estudo, os livros de ficção… e depois existe tu, um livros fechado com
cadeado…, onde anda a chave? Quem a tem? Onde a encontro? Como entro?.... Deixa-me entrar. Gosto de ti… ou será que não? Será que isto
tudo é apenas mais uma partida do meu cérebro? Será que este sentimento não é
real? Sabes o que é real ? Tu…
Eu sou uma pessoa muito afetiva, sou uma incurável romântica, sou boa
pessoa, disso eu tenho a certeza, sou simples, amiga, simpática (bem…tem dias…)…
enfim, mas cheia de defeitos, tenho plena noção disso. O meu maior problema,
talvez carência?...hum…pensando melhor não…, será mais apaixonar-me facilmente? Estou
apaixonada por ti? Não sei. Estou confusa. Como é que se gosta de alguém num
espaço tão curto de tempo? um mês e meio? Hum… não é possível, amor à primeira
vista?... não existe, eu sei que não. Porque é que apareces-te tão à toa na
minha vida, qual é objetivo? O que queres de mim? Tantas perguntas, e tão
poucas respostas.
Na semana passada, alguém me disse (não só, um alguém, mas sim duas ou
três pessoas), que eu me apegava facilmente porque na verdade quero alguém, que
me apego apenas porque nunca tive ninguém, porque desejo e ambiciono tanto um
sentimento que nunca tive que acabo por me “apaixonar facilmente” mas que na
verdade nem sei o que isso é…será mesmo? Não acredito…, impossível, estar
apaixonada tanto tempo como estive por duas fantásticas pessoas e depois, agora,
do nada, aparecer alguém na minha vida e dizer indiretamente que eu “nada sei
sobre amor…”, por favor, eu sei que só tenho dezoito anos, mas já sei um
bocadinho sobre sentimentos, ok? É obvio que quero alguém, não me venham com
hipocrisias dizer que não querem alguém, nem que não faz falta… porque todos
sabemos que faz. Eu tenho o direito de ser feliz, eu também mereço, eu também
sou um ser humano… mesmo que muitas vezes se esqueçam disso, eu tenho
sentimentos.
E tu, ei, tu ai! Tu que devias estar a ler isto, não estás…,
nem nunca vais estar, porque isto vai ficar para sempre guardado no meu
ambiente de trabalho do computador e nunca o vais ler…, não sei o que sinto,
mas alguma coisa é. Por isso, decide-te. Posso dar-te a chave do meu coração ,
estas desposto a guarda-la?
Carolina Figueiras
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