Era baixo, magro, com um ar
sempre triste e só. Levava quase sempre a mesma indumentária, calções rotos,
uma camisola demasiado pequena para o seu tamanho e uns ténis com ar
de quem já tinham sido de vários jovens como ele.
Soube pelas vizinhas que a sua família se tinha mudado há pouco, tinha vindo lá das Índias…por isso aquela pele tão escura. Era um família pobre! Assim fica explicada a sua roupa.
Soube pelas vizinhas que a sua família se tinha mudado há pouco, tinha vindo lá das Índias…por isso aquela pele tão escura. Era um família pobre! Assim fica explicada a sua roupa.
Cada dia que passava, ele vinha mais triste e isolado, até começar a ter várias manchas negras pelo seu corpo. Eu continuava a vê-lo e admira-lo sem nada dizer! Tinha pena, queria ajuda-lo, saber o que se passava, mas perdia a coragem sempre que o via da janela.
Dias mais
tarde, soube novamente pela vizinhança que aquele rapaz que contemplava sofria
de bullying. Estava decidida a ir falar com ele na manhã seguinte, queria
ajudá-lo! Mas, ele não apareceu naquele dia, e todos os dias durante uma
semana, esperei. Foi então que soube que a sua família se mudará.
Ainda
hoje não sou capaz de andar de comboio, consequências da ocorrência, da qual
não gosto de falar…Mas todas as manhas vou até á janela e espero até ás sete e
cinquenta a imaginar aquele rapazinho a passar…se um dia pudesse eliminar algo
deste mundo seria o bullying.
Carolina Figueiras

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