Desta data tão carismática, é
importante ressalvar temas que já nos são bem conhecidos como o ganho de todas
as liberdades, quer da liberdade de expressão, como a de comunicação, liberdade
ao voto ou simplesmente liberdade, liberdade de ser, sentir e fazer. O 25 de
Abril é uma data portuguesa tão importante que pôs fim à ditadora e iniciou a
época da democracia, e apesar de dizerem que ainda assim não somos livres
porque “não podemos fazer tudo aquilo que queremos”, na verdade, somos, no
entanto somos regidos por regras, direitos e deveres para que o povo esteja
controlado no que toca ao respeito pelo próximo. É verdade, não posso fazer
tudo o que me dá na “real gana” (dito típico português) porque se não,
viveríamos numa selvajaria como um bando de babuínos descontrolados.
Posto isto, e refletindo sobre
esta data e sobre estes tempos que tenho vivido, sinto que a liberdade me foi
tirada, não foi por ditadores, nem por governos, políticos ou guerras, foi por
um vírus que tem destruído tudo por onde passa. Ainda assim, “ele” que nos tem
feito tanto mal ensinou-nos (jovens e sociedade despreocupada que não valoriza
as lutas dos seus antepassados) que não há nada mais precioso que o amor pelo
próximo, a vida, os nossos sonhos, objetivos, desejos, conquistas e a cima de
tudo a nossa liberdade. E essa que já era tão nossa e que já tínhamos
conquistado, perdemos para um vírus que nos obrigada a estar fechados em casa,
com a nossa vida parada, em suspenso e nos faz esperar todos os dias para poder
sair à rua e conquistar o mundo.
Ainda assim, todos os dias, vejo
pessoas que não sabem (não querem saber) cumprir com o isolamento social/
quarentena, que se queixam de tudo e de nada, mas apenas lhes é pedido que
permaneçam nos seus lares, no conforto com todo o tipo de comunidades. Essas
queixas parecem um insulto para todos aqueles que viveram e lutaram pelo 25 de
Abril. Se hoje isso seria possível? Duvido, as pessoas só sabem resolver as
coisas de uma maneira, com guerras e violência.
Com o 25 de Abril
devíamos/devemos aprender a valorizar a liberdade, o esforço de todos aqueles
homens e mulheres e aprender que nada deve ser resolvido com violência.
Apelo aos jovens para a sua
consciencialização, apelo a que deem a devida importância à data e aquilo que a
mesma representa - a liberdade do Ser Humano.
De hoje em diante e quando esta
fase má terminar, espero que a consciência comum portuguesa entenda o quão é
importante a liberdade e a cima de tudo o quanto o 25 de Abril foi e é
importante para o povo português, um marco histórico a nível nacional.
Carolina Figueiras
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